Perguntas Frequentes
O assédio moral se configura como um comportamento abusivo que se expressa através de palavras, ações e gestos, constituindo uma prática repetitiva que atinge a dignidade dos trabalhadores. Há várias formas de identificar o assédio moral, como supervisão excessiva, advertências injustificadas, promoção de desconfiança entre colegas, desincentivo à cooperação no ambiente profissional, designação de tarefas impossíveis de serem realizadas, menosprezo injustificado de opiniões ou críticas à vida pessoal do indivíduo assediado e falta de consideração pelos problemas de saúde do funcionário, entre outras.
Existem três tipos de assédio no ambiente de trabalho:
- Assédio moral vertical: ocorre quando há uma diferença hierárquica entre as partes envolvidas. Ele pode ser subdividido em, (a) assédio moral vertical descendente, que envolve superiores hierárquicos em face de trabalhadores de nível inferior; e, (b) assédio moral vertical ascendente, que ocorre quando subordinados em face de seus superiores, constrangendo-os por algum motivo.
- Assédio moral horizontal: manifesta-se entre colegas de trabalho que não possuem relações hierárquicas diretas entre si.
- Assédio moral misto: ocorre quando o assédio vertical e horizontal coexiste, ou seja, o alvo sofre tanto com a ação de superiores hierárquicos quanto de colaboradores com os quais não possui relação de subordinação.
Assim, qualquer trabalhador, independentemente de sua posição na hierarquia, pode ser vítima de assédio moral. É importante ressaltar que uma única ação isolada não constitui assédio moral.
O assédio moral é uma conduta complexa que requer elementos como a habitualidade, a intenção discriminatória, a agressão direcionada a um ou mais indivíduos ou a um grupo específico de indivíduos e a continuidade ao longo do tempo para ser configurado.
Importante lembrar que “broncas” normais e indicações de algum erro cometido não configuram assédio moral, desde que aplicadas com bom senso.